Espacios. Vol. 33 (5) 2012. Pg. 11 5e504a


Proposta de metodologia para estabilizao de processos aplicada ao setor de refrigerao 6v504q

Proposed methodology for stabilization of processes applied to the refrigeration industry 636ig

Carlos Alberto Khn 1 , Carla Schwengber ten Caten 2 y Pedro da Silva Hack 3

Recibido: 11/11/2011 - Aprobado: 20/03/2012


Contenido 293v5k

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RESUMO:
Este trabalho tem como foco propor uma nova metodologia de estabilizao de processos por meio da anlise das metodologias existentes na literatura bem como das recomendaes para o sucesso de suas implantaes. Para alcanar o objetivo proposto o artigo tambm apresenta um estudo de caso da estabilizao de processos em uma indstria no setor de refrigerao, onde foram constatados aspectos facilitadores e dificultadores no momento da estabilizao. Com essas anlises observou-se uma dependncia da existncia de treinamentos para os envolvidos bem como do apoio da alta gerncia para o sucesso de um programa de estabilizao de processos. Aps o estudo foi proposta uma nova metodologia de estabilizao de processos na qual foi possvel compilar em etapas as melhores prticas das metodologias encontradas na literatura, as recomendaes de diferentes autores e pontos importantes analisados no estudo de caso.
Palavras-chave: Estabilizao de Processos, Gerncia da Qualidade, Metodologia.

ABSTRACT:
This work presents a new method of process stabilization based on an analysis of existing methods researched in the literature as well as the recommendations to the success of their deployments. To achieve the proposed objective the article also presents a case study of the process stabilization in an industry in the refrigeration sector, where issues that hampered and helped the process of stabilization were identified. With these analyses it was observed the importance of training those involved as well as managers' to the success of a program of process stabilization. After the study was proposed a new method of process stabilization in which it was possible to build steps based on the best practices found in literature, the recommendations of different authors and important issues discussed in the case study.
Keywords: Process Stabilization, Quality Management, Methodology.


1. Introduo 563dv

A crescente expanso da informao e do conhecimento tem proporcionado um elevado aumento na tecnologia e no nmero de bens e servios (Lastres e Ferraz, 1999) e, consequentemente, isso tem elevado as expectativas dos consumidores quanto ao nvel de qualidade. Para atender essas expectativas as empresas esto compreendendo cada vez mais a importncia estratgica relacionada ao conceito de qualidade. A qualidade est diretamente ligada ao sucesso que uma empresa pode ter no mercado (Power et al., 2011). Com o mesmo pensamento, Gaither e Fraizer (2001) afirmam que para a maioria das empresas a qualidade vista como base estratgica para manter e conquistar novos mercados.

Esse o grande desafio das empresas na atualidade, buscar a satisfao do consumidor final produzindo produtos com desempenhos superiores, de acordo com as especificaes para as quais eles foram projetados. A grande problemtica est em produzi-los dentro dessas especificaes, j que segundo Ribeiro e Caten (2000) todos os parmetros dos processos possuem variabilidade. O desempenho das mquinas e equipamentos pode variar devido diversosa fatores e o papel dos engenheiros de processos fazer com que essa variao existente nas operaes de fabricao seja a menor possvel e que seja controlvel. Controlando-se essa variao acaba-se controlando o processo, minimizando-se assim as variveis que afetam a sua capacidade de atingir as metas operacionais (Feigenbaum,1994). Fazendo isso o produto final naturalmente acaba se tornando mais confivel, desempenhando as funes para as quais foi projetado durante todo o tempo de uso (Caten e Ribeiro, 1996).

Uma das formas mais utilizadas pelas empresas para estabilizar os seus processos e diminuir a sua variabilidade envolve o uso de ferramentas estatsticas. Tcnicas como o CEP (Controle Estatstico do Processo) so as mais frequentemente utilizadas para melhoria e controle de qualidade (Montgomery, 2010) e vem sendo utilizadas nos mais diversos setores da economia (Maccarthy e Wasusri, 2002). Sabendo isso, as empresas buscam cada vez mais melhorar seus processos de produo (Chan et al., 2005) atacando as falhas, diminuindo a variao, aumentando a confiabilidade e a qualidade do produto satisfazendo assim as necessidades dos clientes.

Este trabalho tem como objetivo propor uma metodologia para a estabilizao de processos atravs da analise das principais metodologias de estabilizao de processos disponveis na literatura, da anlise de pontos-chave para o sucesso da estabilizao e atravs da avaliao de uma implantao de um processo de estabilizao em uma empresa de condicionadores de ar.

Dessa forma a seo 2 apresenta a Reviso Bibliogrfica, onde so contemplados os conceitos de um processo estvel e a sua importncia, bem como metodologias para a implantao do controle do processo encontradas na literatura. A seo 3 apresenta os Procedimentos Metodolgicos. A seo 4 apresenta os Resultados, onde exposto o desenvolvimento do trabalho. Na seo 5 apresentada a Concluso. E por fim , na seo 6 so apresentados os Referenciais Bibliogrficos.

2. Reviso Bibliogrfica 713740

2.1. Estabilidade e Capacidade de Processo 3k3u5r

O conceito de um processo estvel refere-se previsibilidade da sua variao. Um processo considerado estvel quando apenas causas comuns (fontes de variabilidade inerentes ao processo) atuam sober ele, tornando-o previsvel e, portanto, sabe-se qual ser o seu comportamento durante o decorrer do tempo (Fusco e Sacomano, 2007). J um processo no qual alm das causas comuns existe a atuao de causas especiais (variaes externas, que no esto previstas no processo) dito instvel. Essa instabilidade do processo pode ser causada por inmeros fatores: tecnologia, experincia dos operadores, matria-prima, desgaste de mquinas, etc. Com a variao desses parmetros o processo tambm ir variar (Ribeiro E Caten, 2000).

Ribeiro e Caten (2000) definem causas comuns como pequenas causas de variao que atuam de forma aleatria, gerando uma variabilidade inerente no processo. Segundo os autores essas causas s podem ser combatidas agindo-se sobre todo o processo e elimin-las pode requerer um alto investimento comparado com o retorno que a ao trar. As causas especiais, segundo Mason e Antony (2000), so caracterizadas por serem anormais ao processo e se no forem combatidas podem gerar um alto custo de qualidade. A atuao dessas causas especiais torna o processo em regime instvel.

Para saber se a variao do processo est sendo influenciada por alguma causa especial utilizam-se cartas de controle, as quais estabelecem limites de controle para essa variao. Se os dados coletados do processo ultraam esses limites o processo considerado instvel e, portanto, fora de controle. Caso contrrio o processo considerado estvel e sob controle estatstico (Slack, 2006).

Ter um processo estvel a meta de toda empresa. Entretanto, um processo pode ser estvel e ao mesmo tempo pode no atender aos padres de qualidade para o qual um determinado produto foi projetado (Chen et al., 2006). Um processo pode ser estatisticamente estvel, possuindo uma variao controlada e ao mesmo tempo ter uma variao que ultrae os limites estipulados em projeto. Nesses casos a variabilidade devido as causas comuns ter que ser minimizada, caso contrrio o processo no atender as exigncias do consumidor (Indezeichak e Leite, 2005).

Um dos mtodos mais utilizados para saber se um processo capaz de atender especificaes o ndice de capacidade do processo (k). Atravs desse ndice possvel fazer uma anlise da variabilidade e da centralizao do processo ao mesmo tempo em que faz uma comparao com a suas especificaes (Ramos e Ho, 2003).

Com a necessidade de alcanar a estabilizao e tornar o processo capaz, existem na literatura mtodos de como iniciar um processo de estabilizao. Alguns desses mtodos englobam desde a identificao de processos que necessitam ser estabilizados como tambm as etapas subsequentes estabilizao do processo, enquanto outros fornecem apenas a base estatstica para tal. Tanto esses como aqueles precisam ser discutidos e compilados para dessa forma ser proposto um mtodo que melhor se ajuste a realidade das empresas brasileiras.

2.2. Pontos–chave para a Estabilizao de Processos 212q5i

Por envolver vrios fatores, a estabilizao de processos nas empresas acaba por se tornar complexa. Para vencer essa complexidade existem fatores que devem ser avaliados no momento da estabilizao de processos. Bressan (2004) afirma que toda mudana organizacional deve estar apoiada no comprometimento das lideranas. J Montgomery (2010) afirma que as ferramentas estatsticas so a base tcnica para o controle da qualidade. Devido a isso muito importante que o haja um treinamento eficaz, para as pessoas estejam capacitadas com a nova rotina.

O nmero de processos a serem estabilizados outro fator que pode trazer dificuldades. Ribeiro et al. (2001) afirmam que quanto maior o nmero de processos que necessitam ser monitorados, maior a dificuldade para obter sucesso na implementao de uma poltica de estabilizao de processos. Quanto maior o nmero de variveis a serem estabilizadas maiores so os esforos para monitor-las e interpret-las. Por isso, aconselhvel que a estabilizao se inicie em alguns processos que serviro como projeto piloto. Aps a estabilizao desses se a para os demais processos que necessitam ser estabilizados.

Seguindo a mesma linha, Mason (2000) identifica quatro reas fundamentais para o sucesso da implantao da estabilizao de processos: aspectos de gesto, de engenharia, do conhecimento estatstico e do time de trabalho. Segundo o autor, a alta istrao deve fazer com que toda a organizao esteja comprometida com a qualidade dos processos e produtos, fornecendo todo e necessrio caso mudanas do sistema/processo sejam necessrias. A engenharia deve compreender os benefcios da implantao e conhecer o processo para que aes possam ser tomadas. Treinar o pessoal envolvido igualmente outro ponto chave para o sucesso da implantao. Todos devem estar cientes da importncia da melhoria contnua dos processos. E por fim, um time de trabalho com um lder de equipe deve ser formado para agir sobre os processos quando esses comearem a sair de controle. Complementarmente, Montgomery (2010) explica que para se obter sucesso com a implantao da estabilizao dos processos, as tcnicas e ferramentas estatsticas devem ser parte de um sistema de gesto voltado para a melhoria da qualidade.

2.3. Mtodos para Estabilizao 1s3m5s

apresentado um grande nmero de publicaes relatando a aplicao de ferramentas estatsticas como o CEP. Percebe-se que a etapa estatstica a mais importante, funcionando como centro desse processo, porm existem os anteriores e posteriores sua aplicao que devem ser analisados com cuidado. Os os anteriores esto diretamente ligados ao xito da aplicao do CEP, assim como a sua continuidade est sob responsabilidade do que fazer aps a aplicao do CEP. Levando em considerao isso foram pesquisadas na literatura quatro metodologias de estabilizao de processos que abordassem essas etapas anteriores e posteriores aplicao do CEP. Abaixo so descritas as metodologias de Kumar e Motwani (1996) e Krumwiede e Sheu (1996) (Figura 1).

Etapas da metodologia de Kumar e Motwani

1

Estabelecer um time para implementar o CEP

2

Informar e treinar a alta gerncia

3

Definir processos a serem estabilizados

4

Definir e documentar os requisitos do cliente

5

Criar o grfico do fluxo dos processos

6

Criar um plano para o CEP

7

Apresentao do plano para a gerncia

8

Treinar operadores

9

Implementar o CEP nos processos e coletar dados

10

Fazer grfico de controle de mdias e desvios

11

Determinar as causas especiais

12

Calcular k e definir aceitabilidade

13

Atividades de soluo de problemas

14

Executar plano de controle

Etapas da metodologia de Krumwiede e Sheu

1

Obter apoio gerencial

2

Escolher um lder de CEP

3

Determinar um processo piloto

4

Preparar procedimentos operacionais

5

Treinar envolvidos com a implementao

6

Disponibilizar cartas de controle

Figura 1: Metodologias de Kumar e Motwani (1996) e Krumwiede e Sheu (1996).

Na primeira etapa da metodologia proposta por Kumar e Motwani, formado um time para trabalhar com a rotina de CEP. Em seguida a gerncia informada, conscientizada e treinada. So alvos desse treinamento lderes de manufatura, gestores de produo e engenheiros. Aps isso so definidos os processos que possuem boas perspectivas de sucesso para serem estabilizados. So definidos e documentados os requisitos de engenharia para em seguida ser criado um fluxograma do processo com suas entradas e sadas.

Ento desenvolvido um plano para a aplicao do CEP assim como um plano reativo caso um processo saia de controle. Esse plano apresentado gerncia buscando a aprovao para dar seguimento com o treinamento dos operadores. Aps essas etapas iniciada a aplicao do CEP (Etapas 9, 10, 11 e 12). Caso o processo no esteja estvel parte-se para a soluo dos problemas eliminando as causas da variao para em seguida, na etapa 14, executar o CEP novamente.

Krumwiede e Sheu comeam a sua metodologia buscando o apoio da alta istrao para a realizao da estabilizao de processos. O o seguinte estabelecer um lder para a implementao e posteriormente definir um processo piloto. Com a mesma ideia da metodologia anterior, no incio do projeto de estabilizao os autores aconselham escolher um processo que seja facilmente estabilizvel, que traga resultados para serem expostos a alta gerncia. Dando continuidade, a etapa seguinte trata da elaborao dos documentos operacionais que devem ser disponibilizados para os operadores. Aps isso so realizados treinamentos com os envolvidos para que todos possam entender os benefcios que o controle do processo trar para a empresa. A ltima etapa consiste da aplicao do CEP, disponibilizando as cartas de controle.

Completando as metodologias pesquisadas, abaixo se encontram as metodologias de Owen (1989) apud Schissatti(1998) e Paese (2000) (Figura 2).

Etapas de metodologia de Owen

1

Obter compromisso

2

Formular uma poltica (diretriz)

3

Indicar um Facilitador

4

Definir uma estratgia de treinamento

5

Treinar gerentes e supervisores

6

Informar os sindicatos

7

Obter compromisso dos sindicatos

8

Informar os operadores

9

Envolver os fornecedores

10

Coletar dados

11

Planejar as aes para os sinais de falta de controle

12

Rever os processos de avaliao da qualidade

13

Estruturar a istrao do CEP

14

Treinar os operadores

15

Implementar as cartas de controle

16

Melhorar os processos

Etapas da metodologia de Paese

1

Definio dos projetos e coordenadores

2

Definio de indicadores e metas

3

Priorizao das atividades do processo

4

Formao da equipe e dimensionamento dos recursos

5

Treinamento do CEP

6

Anlise de variabilidade e formao dos subgrupos

7

Tabela de pontos crticos de controle

8

Desenvolvimento de padres operacionais (PO's)

9

Treinamento de PO's

10

Implantao dos PO's e CEP

11

Monitoramento, auditorias e melhorias do processo

12

Avaliao e melhorias do sistema de garantia do processo

Figura 2: Metodologias de Owen (1989) e Paese (2000).

A metodologia de Owen comea com a mesma ideia que a metodologia de Krumwiede e Sheu. Assim como aquela, essa busca em primeiro lugar o apoio da alta istrao da empresa. J na Etapa 2, procura-se definir os responsveis para acompanhar o programa de implementao. So definidas as metas, responsabilidades, recursos e os mtodos de treinamentos. Com isso parte-se para a Etapa 3, onde deve ser definida a pessoa que ir estabelecer, desenvolver e monitorar o programa de estabilizao de processos. Na etapa de Definir uma estratgia de treinamento, devem ser decididas quantas e quais pessoas sero treinadas e qual ser o nvel de aprofundamento. Em seguida vem a fase de treinamento de gerentes e supervisores (Etapa 5). Caso haja necessidade, na Etapa 6 envolve-se os sindicatos para explicar a importncia do programa para a empresa e posteriormente obter um acordo (Etapa 7). Em seguida os operadores recebem a informao da implantao do programa de estabilizao e da sua importncia juntamente com a nova rotina de trabalho que ser implantada.

Na Etapa 9 os fornecedores devem ser conscientizados da implantao do CEP na empresa. Na Etapa 10 so realizadas as coletas dos dados e a sua estratificao. Com o incio da coleta de dados deve-se planejar aes para os sinais de falta de controle (Etapa 11). A Etapa 12 aborda a reviso dos processos de avaliao da qualidade. Para a obteno de mais informaes sobre o processo novas formas de medir a qualidade devem ser implementadas como, por exemplo, a substituio da avaliao de atributos por variveis. Em seguida, deve-se Estruturar a istrao do CEP (Etapa 13). A maneira como o CEP ser gerenciado deve estar clara e quem dar o e aps a implementao do programa deve estar explcita. Na Etapa 14 os operadores devem ser treinados nas ferramentas com as quais estaro envolvidos. Na ltima etapa da metodologia proposta por Owen, ciclos de melhoria no processo vo sendo realizados atravs da utilizao das cartas de controle, da descoberta e eliminao de causas especiais e atravs de novos limites de controle.

A metodologia de Paese inicia com a definio de quais sero os macro processos (projetos) que sero estabilizados e responsveis. A segunda etapa da metodologia proposta trata da Definio de indicadores e metas que iro nortear a implantao e expressar os resultados obtidos. A Etapa 3 aborda a Priorizao das atividades dos macro processos definidos na Etapa 1 atravs da criao do fluxo do processo. Na quarta etapa escolhida a equipe que dar e ao processo de estabilizao e so estimados os recursos (monetrios, pessoal, tempo, etc.) que sero necessrios. Parte-se ento para o Treinamento do CEP (Etapa 5) para o pessoal envolvido com a estabilizao dos processos (operadores, tcnicos de processo e lderes de rea). Na sexta etapa Paese afirma que devem ser iniciados os estudos das causas que agem sobre o processo resultando em variabilidade. Na Etapa 7 construda a Tabela de Pontos Crticos de Controle (TPCC) que deve ser disponibilizada para os operadores que executam as atividades. Nela so expostos pontos chave do processo, como os itens que devem ser controlados, a especificao de controle, o instrumento de medio e o responsvel. A oitava etapa aborda o Desenvolvimento dos procedimentos operacionais (PO’s). Alm de padronizar as atividades os PO’s servem como guias para execut-las. A Etapa 9 o treinamento dos operadores com relao aos PO’s que iro executar.

Na Etapa 10 iniciada a Implantao dos PO’s e do CEP com a coleta de dados de forma gradual. A prxima etapa (Monitoramento, auditorias e melhorias), trata da anlise dos dados coletados na etapa de implantao da estabilizao. Ainda nessa etapa, so feitas auditorias para garantir que os PO’s esto sendo seguidos pelos operadores e para garantir o envolvimento das pessoas no processo de estabilizao. A ltima etapa da metodologia proposta por Paese chama-se Avaliao e Melhorias do Sistema de Estabilizao. Essa etapa tem como objetivo avaliar o sistema implantado e propor melhorias para a estabilizao do processo.

3. Procedimentos Metodolgicos 2d6x28

3.1. Descrio do Cenrio 39163f

O trabalho desenvolvido nesse artigo foi baseado em um estudo do processo de uma fbrica de condicionadores de ar localizada no municpio de Canoas no Rio Grande do Sul. Desde a sua fundao em 1934 o seu negcio est centralizado no setor de refrigerao.

Alm da planta industrial de Canoas, a empresa conta ainda com outra unidade fabril, localizada em Manaus no Amazonas onde so produzidos somente condicionadores de ar residenciais. Alm dessas plantas a empresa possui filias comerciais nas cidades de So Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Recife e Porto Alegre. Atualmente a empresa produz 800 unidades dirias e conta com aproximadamente 650 funcionrios divididos nas duas plantas, dos quais aproximadamente 500 so diretos.

3.2. Caracterizao do mtodo de pesquisa 2c4v6q

Para alcanar os objetivos deste artigo foi realizado um levantamento bibliogrfico e uma anlise da literatura tendo em vista expor e esclarecer as diferentes metodologias de estabilizao de processos encontradas, encontrando assim as melhores prticas para a implantao da estabilizao de processos. Alm dessa pesquisa na literatura, foi realizada uma anlise da implantao do programa de estabilizao de processos da empresa estudada. Sendo assim, esse trabalho classificado como de natureza aplicada por objetivar a aplicao prtica do conhecimento gerado e de abordagem qualitativa. Quanto ao objetivo desse trabalho, pode ser definido como exploratrio por propor uma metodologia de estabilizao. Com isso, o mtodo de trabalho classificado como estudo de caso por permitir um amplo conhecimento a respeito de mtodos para a implantao da estabilizao de processos.

3.3. Caracterizao do mtodo de trabalho b255i

O trabalho foi realizado a partir da anlise das metodologias de estabilizao de processos encontradas na literatura. Aps a anlise da literatura foi realizada uma entrevista em profundidade com o coordenador do projeto de implantao de estabilizao de processos da empresa sob estudo com o objetivo de obter informaes a respeito da metodologia utilizada. Os aspectos abordados na entrevista foram: (i) motivao para a implementao da estabilizao de processos na empresa; (ii) dificuldades e facilidades encontradas; (iii) como a estabilizao de processos vista dentro da empresa.

Aps a obteno das informaes sobre a estabilizao de processos na empresa e com a anlise das metodologias existentes na literatura foi possvel propor uma nova metodologia de estabilizao de processos.

4. Desenvolvimento 3v132z

4.1. Anlises das metodologias 3k5m67

Com a compilao das metodologias descritas nesse trabalho buscou-se fazer uma anlise dos pontos positivos e negativos de cada metodologia para dessa forma agregar as melhores prticas para o processo de implementao. Como descrito na seo 2.2 alguns os da implantao so essenciais para o sucesso de um programa que visa melhorar a qualidade de seus produtos atravs da estabilizao de processos. Obter o e das lideranas e dar treinamento para as pessoas envolvidas com a estabilizao so alguns desses os. Esses dois aspectos so citados em todas as metodologias pesquisadas.

Outro aspecto importante com relao definio e documentao de um time que ser responsvel pelo programa. Valls (1995) afirma que atravs da documentao pode ser comprovada como certa atividade foi executada, podendo tomar aes corretivas e preventivas com base na sua anlise. Da mesma forma que as metodologias esto preocupadas em obter apoio da alta gerncia elas tambm estabelecem uma etapa para a escolha do time de trabalho.

Fazendo uma anlise ampla das metodologias nota-se que a metodologia Krumwiede se apresentou mais reduzida, no detalhando as etapas para a implantao. As outras fornecem uma maior riqueza de informaes que podem ser essenciais no momento da implementao. A metodologia de Kumar e Motwani, de Owen e de Paese, so apresentadas com mais de 10 etapas enquanto a de Krumwiede e Sheu possui 6 etapas. Segundo Armenakis e Bedeian (1999) durante um processo de mudana as pessoas comeam a fazer uma comparao entre os resultados obtidos e os esperados podendo se posicionar contrrias ou a favor. Com base nisso as vantagens das metodologias com mais nmeros de etapas com relao aos resultados. Como o processo de estabilizao est dividido em mais etapas, essas acabam por ser mais curtas. Uma etapa mais curta torna mais rpida a demonstrao de resultados e isso acaba motivando a equipe envolvida.

A metodologia de Kumar e Motwani d nfase definio e documentao dos requisitos dos clientes. Essa etapa de grande importncia na medida de possuir um histrico sobre as especificaes exigidas pelo cliente em caso de discordncia no futuro. Documentar essa etapa tambm importante porque dessa forma pessoas que no conhecem o processo podem entender o que est sendo realizado e por qual motivo, alm da documentao ser um fator crtico para empresas que possuem ou buscam uma certificao internacional de qualidade como a ISO 9001.

A metodologia de Krumwiede e Sheu dedica uma etapa para definir um processo piloto a ser estabilizado preferindo que a estabilizao se inicie por ele e com o sucesso desse se parta para os demais que necessitem de estabilidade.

A metodologia de Owen apresenta dois aspectos que devem ser levados em considerao. O primeiro deles o envolvimento do sindicato dos trabalhadores da qual os funcionrios da empresa fazem parte. Normalmente funcionrios de grandes empresas multinacionais so apoiados politicamente pelos seus respectivos sindicados. Como a rotina de trabalho ir mudar importante que eles estejam cientes da importncia que a estabilizao trar para os resultados futuros da empresa. O outro ponto relatado na metodologia de Owen diz respeito participao dos fornecedores no processo, j que, segundo Ribeiro e Caten (2000), a variabilidade do processo pode estar sendo influenciada pela qualidade da matria prima fornecida.

Analisando a metodologia de Paese destacam-se 3 etapas. A primeira trata da elaborao de metas para o processo de estabilizao. Indicadores tambm so criados com o objetivo de mostrar se os resultados alcanados esto de acordo com as metas (Flores, 2006 apud Ohashi e Melhado, 2004). Com isso possvel observar o desempenho do programa durante a estabilizao dos processos e focar em aspectos que no esto como o esperado. Outro ponto importante da metodologia de Paese o dimensionamento dos recursos que sero necessrios durante a estabilizao. Fazer esse dimensionamento faz com que os recursos necessrios sejam providenciados e reservados para esse fim sem que no futuro haja surpresas por falta de verba, desmotivando todos os envolvidos. O ltimo aspecto aborda a o desenvolvimento de um padro operacional. Para diminuir a variabilidade de um processo deve-se reduzir as diferentes maneiras de executar uma determinada operao j que existe variao do processo devido aos operadores como relatado na seo inicial desse trabalho. O ideal que todos executem da mesma forma, tentando diminuir a variao. Fazendo isso a variao devido diferena de experincia e idade so reduzidas (Werkema e Aguiar, 2006).

4.2. Estudo de caso 1e94e

Essa seo relata como foi o processo de estabilizao de processos dentro da empresa estudada. Todas as informaes foram coletadas atravs de entrevistas com os funcionrios envolvidos. Participaram desse trabalho operadores de linha de produo, tcnicos de processo e o coordenador do programa de estabilizao.

A empresa analisada fez a sua primeira tentativa de implantar a estabilizao de processos no ano de 2005. Nesse primeiro momento no houve sucesso na implantao. Muitos processos foram definidos e devido a isso o gerenciamento acabou se tornando difcil e sem foco. Outra dificuldade encontrada foi a troca de responsabilidade. Em cerca de 3 anos houve trs responsveis pelo programa o que acabou gerando uma perda do conhecimento. Nessa primeira tentativa no houve um envolvimento efetivo da alta istrao o que fez com que no houvesse comprometimento por parte dos operadores e tcnicos de processo. Alm de existirem esses problemas com a implantao, o controle do processo era realizado sem ferramentas estatsticas, gerando incredibilidade na sua real eficcia. No ano de 2009 ocorreu a ltima troca de responsvel e simultaneamente houve mudanas com relao s exigncias da corporao da qual empresa faz parte com relao a qualidade dos processos. A partir desse momento a empresa ou a ter a obrigao de controlar os seus processos de acordo com as regras determinadas. Com isso desde a alta istrao at os operadores seriam cobrados pela estabilizao dos processos. Como a cobrana tambm estava acontecendo sobre a gerncia, a retomada da implantao da estabilizao de processos foi iniciada com sucesso. Atualmente a empresa possui o mesmo responsvel que foi designado no ano de 2009 e possui um plano de nmero de processos que precisam ser estabilizados a cada ano. A partir desse momento foram realizados diversos treinamentos com o pessoal envolvido. Entretanto durante a implantao do programa de estabilizao de processos, a principal dificuldade alegada pelos operadores que trabalham diretamente com os processos crticos foi assimilar a nova rotina de trabalho. Segundo eles no houve um programa de treinamento adequado para as novas operaes que deveriam ser executadas. Houve dificuldade em atividades como preencher cartas de controle, identificar quando o processo saa de controle e agir para estabiliz-lo. Como o treinamento foi ineficiente, essas atividades foram aprendidas com o desenrolar do controle estatstico, sendo muito dependente dos tcnicos de processo que trabalham dando e implantao do CEP. Alm de dar e s linhas produtivas esses tcnicos de processo precisaram conciliar a sua nova rotina de trabalho executando o controle estatstico, elaborando cartas de controle, calculando os ndices de capacidade e agindo sobre o processo para diminuir a variabilidade. Lidando com a nova rotina de controle estatstico do processo foram encontradas algumas dificuldades como o tempo para conseguir recursos para a estabilizao de alguns processos crticos. Para controlar certas variveis era necessrio equipamentos caros e isso fazia com que tivesse um tempo maior conseguindo recursos para adquiri-los. Outra dificuldade por parte dos tcnicos foi gerenciar um grande nmero de processos em estabilizao e simultaneamente trabalhar com projetos e as suas atividades de rotina. Para conseguir conciliar todas essas novas atividades necessrio um tempo de adaptao constante j que novas variveis para serem controladas vo surgindo. Foi constatado tambm que o treinamento oferecido para os operadores no foi eficaz e isso acabou gerando uma sobrecarga nos tcnicos que se viram forados a treinar os operadores na suas novas funes.

Hoje o programa de estabilizao de processos ainda sofre com barreiras por parte de alguns operadores. O no preenchimento das cartas de controle do CEP mostra que a nova rotina ainda no est assimilada. Para mudar essa cultura deve haver uma cobrana dos nveis hierrquicos superiores.

4.3. Metodologia Proposta 541r51

Com base nas informaes coletadas nos os anteriores foi possvel unir as melhores prticas no quesito estabilizao de processos e elaborar uma proposta de metodologia de estabilizao de processos. A Figura 4 apresenta as etapas dessa metodologia.

Como j dito anteriormente, obter o apoio dos nveis hierrquicos mais elevados da organizao essencial (Etapa 1). preciso que sejam mostrados para a alta gerncia os benefcios que a estabilizao trar para a empresa como reduo de custos, melhora da qualidade dos produtos, imagem externa fortalecida, etc. Conseguindo o apoio, os operadores tem conscincia que a estabilizao dos processos importante para a empresa e ficam engajados com esse propsito. A escolha do processo piloto (Etapa 2) que ser estabilizado pode ser feita com base no histrico de defeitos que ocorrem em campo. Sabendo o tipo de defeito mais comum possvel priorizar o processo que influencia tal defeito. Outra maneira de escolher o processo piloto atravs de FMEA (Failure mode and effects analysis).

Etapas da metodologia proposta

Base para escolha das etapas

1

Documentao do Processo

Conseguir apoio da alta gerncia

Valls (1995) e Kumar e Motwani (1996)

Mason (2000), Bressam (2004) e Estudo de caso

2

Definio do processo piloto

Ribeiro et al. (2001), Krumwiede e Sheu
(1996) e Estudo de caso

3

Prever recursos necessrios

Paese (2000) e Estudo de caso

4

Definio de metas de qualidade

Flores (2006) apud Ohashi , Melhado (2004)
e Paese (2000)

5

Escolha do responsvel e equipe

Mason (2000) e Estudo de caso

6

Treinar os envolvidos

Mason (2000) e Estudo de caso

7

Obter acordo com sindicatos

Owen (1989) apud Schissatti(1998)

8

Envolver fornecedores

Ribeiro e Caten (2000), Owen (1989)
apud Schissati (1998)

9

Elaborar Procedimento Operacional de processo

Werkema, Aguiar (2006) e Paese (2000)

10

Execuo do CEP

Montgomery (2010)

11

Avaliao da estabilidade e metas de qualidade

Flores (2006) apud Ohashi e Melhado (2004)

12

Estabilizao dos demais processos

Ribeiro et al. (2001)

Figura 4: Metodologia proposta

Com base nessa anlise de falhas parte-se para trabalhar com o processo, garantindo que o produto saia de fbrica da forma que foi projetado. Cabe ressaltar que como essa a primeira estabilizao que ocorrer no programa fundamental que haja sucesso, caso contrrio o programa de estabilizao poder fracassar no momento de escolher outros processos para serem estabilizados.

A previso dos recursos que sero necessrios para a estabilizao deve ser realizada antes de definir as metas, na Etapa 3. Essa previso deve ser baseada nos equipamentos, treinamentos, pessoal, etc. que sero necessrios para a aplicao do CEP. Uma previso bem realizada evita surpresas que venham a levar ao fracasso a implantao da estabilizao.

A Etapa 4 trata da definio das metas para o processo que est sendo estabilizado. Essas metas se referem a questes de qualidade como reduo do nmero de defeitos, ou ainda, o nmero de reclamaes de clientes insatisfeitos.

Na Etapa 5 deve-se escolher os integrantes da equipe que iro trabalhar diretamente com a estabilizao dos processos. Essa equipe preferencialmente deve possuir um conhecimento mais tcnico e ter a responsabilidade de controlar estatisticamente o processo. fundamental tambm que um lder seja definido para gerenciar todas as etapas da implantao.

Como visto na seo 2.2 e na seo 4.2 importante que haja treinamentos para o sucesso do programa de estabilizao (Etapa 6). Esses treinamentos daro a base para a aplicao do CEP. O treinamento deve ser baseado em ensinar os operadores a preencher as cartas de controle e identificar quando o processo est fora de controle. J para o pessoal tcnico o treinamento deve consistir em como calcular limites de controle, capacidade, elaborar cartas de controle, etc.

A Etapa 7 trata da realizao de um acordo com os sindicatos a respeito da nova rotina de trabalho dos operadores. A empresa deve analisar o cenrio sindical dos seus funcionrios com relao a influncia na rotina trabalhista, cabendo a ela informar ou no o sindicato. Dependendo do processo piloto escolhido tambm ser necessrio envolver os fornecedores (Etapa 8).

Na etapa 9 deve ser elaborado um procedimento operacional para o processo que est sendo estabilizado. A documentao do processo deve ocorrer durante todo o processo de implantao da estabilizao, desde a obteno do apoio da alta gerncia at o momento em que o processo considervel estvel e capaz.

A fase mais importante do programa de estabilizao de processos ocorre na Etapa 10. Nesse momento colocado em prtica todo o conhecimento estatstico adquirido atravs dos treinamentos. implementado o procedimento operacional, feita a anlise do sistema de medio, calculado o ndice de capacidade do processo, implementadas cartas de controle, etc. A partir desse instante o processo comea a ser estabilizado.

Em seguida deve ser realizada uma avaliao do processo analisando a sua estabilidade e a sua capacidade em atender os requisitos de engenharia (Etapa 11). Se o processo for considerado aprovado parte-se para a estabilizao dos demais (Etapa 12). Caso contrrio, devem ser feitas melhorias para cumprir os requisitos. Nesse momento tambm deve ser realizada uma avaliao com relao s metas propostas

5. Concluso 4l5vn

Esse trabalho teve como objetivo analisar as metodologias de estabilizao de processos encontradas na literatura, analisar o processo de estabilizao em uma empresa do setor de refrigerao e propor uma nova metodologia compilando as informaes obtidas do estudo de caso e na bibliografia.

A primeira parte do trabalho foi importante para um aprofundamento sobre as melhores prticas encontradas na literatura. Nesse momento foi possvel encontrar pontos importantes para a estabilizao, assim como pontos que devem ser vigiados para a eficcia da implantao do programa de qualidade. Na pesquisa bibliogrfica foi realizada tambm uma compilao de algumas metodologias para a implantao da estabilizao de processos. Com essa compilao foi feita uma anlise nas metodologias apresentadas por Kumar e Motwani, Krumwiede e Sheu, Paese e Owen destacando as etapas que mais contribuiriam para o sucesso da implantao.

Aps isso foram realizadas entrevistas com o coordenador, tcnicos de processo e operadores que participaram diretamente na implantao do programa de estabilizao de processos em uma empresa do setor de refrigerao no Rio Grande do Sul.

Com as entrevistas foi possvel coletar informaes a respeito das dificuldades e facilidades encontradas. Em um primeiro momento aspectos como a falta de apoio da alta gerncia e a troca de responsveis contriburam para o fracasso da implantao. Em um segundo momento as maiores dificuldades encontrada foram a falta de treinamentos para a execuo das novas atividades e gerenciamento de vrias caractersticas crticas. Com essas entrevistas foi possvel estabelecer etapas crticas para a implantao da estabilizao de processos.

Atravs da anlise da literatura e do estudo de caso notou-se uma dependncia da existncia de uma etapa para a execuo de treinamentos dos envolvidos bem como o apoio da alta gerncia para o sucesso de um programa de estabilizao de processos.

Tendo como base a reviso bibliogrfica e as entrevistas realizadas foi proposta uma nova metodologia de estabilizao de processos agregando as melhores prticas encontradas. A nova metodologia proposta preenche a lacuna existente na literatura que apresenta muitos mtodos para a aplicao das cartas de controle e poucos mtodos para implementar a estabilizao de processos com etapas anteriores e posteriores ao CEP. Dessa forma, a metodologia busca auxiliar as empresas que queiram comear um programa de qualidade estabilizando seus processos com etapas estruturadas levando em considerao todo o processo gerencial. Essa nova metodologia se difere das demais metodologias encontradas na literatura por compilar pontos chave para a estabilizao de processos com base em recomendaes de autores especialistas no tema, metodologias encontradas na literatura, e atravs de um estudo de uma aplicao de um programa de estabilizao de processos e com base na experincia do autor.

Em um trabalho futuro, tendo em vista validar o mtodo proposto, recomenda-se aplicar a metodologia em uma empresa que busque estabilizar os seus processos. Dessa maneira, o mtodo poder ser melhor avaliado e aprimorado, podendo assim ser adequado realidade das empresas brasileiras no cenrio econmico atual.

6. Referncias Bibliogrficas 1k1c5e

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1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil [email protected]
2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil [email protected]
3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil [email protected]


Vol. 33 (5) 2012
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