Espacios. Vol. 33 (5) 2012. Pg. 8 494825 |
Proposio de um Modelo Terico-Conceitual para Mensurao dos Nveis de Competitividade de Redes de Cooperao Horizontais de Empresas w2wrProposition of a Conceptual-Theoretical Model for Measuring Levels of Competitiveness Network of Horizontal Cooperation Business 601l51Rodolfo Reinaldo Petter 1, Luis Mauricio Resende 2 y Pedro Paulo de Andrade Junior 3 Recibido: 23/09/2011 - Aprobado:15/02/2012 |
Contenido 293v5k |
Gracias a sus donaciones esta pgina seguir siendo gratis para nuestros lectores. |
RESUMO: |
ABSTRACT: |
1. Introduo 563dvFrente ao constante aumento da exigncia do mercado por maior produtividade, inovao de valor, diferenciao competitiva e melhores padres de qualidade na produo de bens e servios, emergem algumas razes para acreditar que existem maiores possibilidades de crescimento industrial atravs da atuao em redes de cooperao horizontal. Isso se deve, principalmente pelas potencialidades e sinergias despertadas atravs do trabalho em grupo, envolvendo entrosamento, cooperao e coordenao dentre os membros participantes, com o objetivo de aumentar a competitividade coletivamente (Carvalho, 2010). Uma rede de cooperao horizontal aquela que possui um nmero significativo de empresas que atuam em torno de uma mesma atividade produtiva assim como de empresas correlatas e complementares em um mesmo espao geogrfico, com identidade cultural local e vnculo, mesmo que incipiente de articulao, interao, cooperao (HOFFMANN; MORALES e FERNANDZ, 2007). Desta forma, com a intensificao de tais aes, h consequentemente um aumento da competitividade dos envolvidos e da regio onde esses esto alocados (GEROLAMO, 2007; LESK e PARKER, 2007; BRAGA et al., 2010). O aumento de competitividade por meio de aes de cooperao entre empresas resultante da unio de aes direcionadas ao fomento da competitividade das empresas que constituem a rede, refletindo em seu desenvolvimento evolutivo individual e conjunto rede, denominado por coopetio, tomado por este trabalho como o fator condicionante do desenvolvimento evolutivo da competitividade destas empresas. Da mesma forma, a competitividade de redes de cooperao horizontal de empresas tambm pode ser abordada atravs da anlise das competncias internas e/ou competncias essenciais de cada empresa, das quais estabelecem a capacidade de gerao de competitividade daquela empresa, que se somando na coletividade, reflete na competitividade da rede de empresas. Neste trabalho, propem-se um modelo para avaliao da competitividade de redes de cooperao horizontal - RCH de empresas tanto por meio das dimenses de cooperao quanto das competncias internas das empresas constituintes da rede. Diversos estudos (Neves, 2009; Kim et al., 2010; Llapa et al., 2011) vm buscando discutir, identificar e desenvolver as relaes interorganizacionais, assim como propor variveis e indicadores capazes de mensurar a competitividade das empresas constituintes de uma rede. Dessa forma, a mensurao do desempenho de uma rede de cooperao se diferencia da mensurao do desempenho de uma empresa isoladamente. Se a competitividade de uma empresa pode ser avaliada pelas suas competncias internas, quando inserida em uma rede a mensurao do desempenho deve ser realizada, alm disso, mas tambm com base nas aes fronteirais entre as empresas, ou seja, por meio das aes de cooperao entre as empresas da rede. por meio destes pressupostos que emerge a necessidade do desenvolvimento de um modelo de medio de competitividade prprio para uma rede de cooperao horizontal, com a identificao clara das caractersticas e variveis especficas para a anlise desse modelo de atuao organizacional. 2. Referencial terico 5b6v4z2.1. Redes de cooperao horizontal 26o42Uma rede de cooperao horizontal s caracterizada como tal se entre seus atores exista uma intensa movimentao de informaes tcnicas. Esse tipo de rede possui um escopo mais amplo de gesto, expandindo-se at o tratamento de organizaes, indivduos, seus objetivos, valores e interesses (SORDI et al., 2009; CARVALHO,2010). Carvalho (2010) argumenta que uma rede de cooperao horizontal trata-se de um agrupamento geogrfico e setorial de empresas onde haja a realizao de aes conjuntas de cooperao e de economias externas, gerando um ganho na eficincia coletiva para os atores participantes da rede, fomentando as vantagens competitivas e consequentemente a entrada em mercados externos, onde esses os atores individualmente no conseguiriam entrar. Assim, Chennamaneni e Desiraju (2011) argumentam que essas empresas so beneficiadas por meio dos ganhos obtidos atravs da especializao e da concentrao do setor, gerando e obtendo vantagens competitivas por meio da cooperao interfirmas e do aumento da eficincia coletiva, as quais so capazes de provocar a insero dessas empresas em novos mercados, entre outros ganhos. 2.2. A Cooperao e a Competio: a Coopetio 112y4kA coopetio est fundamentada no conceito de que possvel, simultaneamente, competir e cooperar gerando competitividade, j que organizaes rivais se completam, possibilitando a cooperao mtua com o objetivo de potencializar foras competitivas. No que tange cooperao interfirmas em uma RCH, Tidd; Bessant e Pavitt (2005), Verschoore e Balestrin (2008) descrevem que as organizaes geralmente cooperam visando motivos bem especfico como: reduo de custos de investimento para o desenvolvimento tecnolgico; reduo de barreiras visando novos mercados; reduo de riscos no processo de desenvolvimento; aumento de escala de produo; reduo do tempo para os processos de inovao e desenvolvimento de produtos ou ainda, promoo do aprendizado em grupo. No modelo cooperativo de atuao em redes, a relao entre seus atores de parceria. No dizer de Martinelli e Joyal (2004) e Lui et al. (2009) isso significa compartilhar um interesse comum com um ou vrios atores, cada qual apresentando uma contribuio relativa s caractersticas que lhe so prprias. J no tangente competio interfirmas de uma RCH, Porter (2005) salienta que este resultado de aes individuais das empresas, gerado por meio da magnitude da inter-relao sinrgica entre as empresas, sendo ele um fator determinante para o desenvolvimento de novos processos, produtos e tecnologias. Tendo por base a fuso dos conceitos de competio e cooperao, Dagnino e Padula (2002) argumentam que a ao da coopetio se trata de uma nova conceituao para a interdependncia entre organizaes, onde ocorre a convergncia de objetivos e interesses, cruzamento este que d forma ao sistema “coopetitivo de criao de valor”. Fundamentados na identificao de oportunidades, os principais benefcios gerados por este molde de atuao so a diviso dos riscos e o compartilhamento das oportunidades. Estudos como os de Verschoore (2010) e Maia & Maia (2011) elencam ainda como benefcios da atuao industrial em RCHs: Ganhos de Escala e de Poder de Mercado; Aprendizagem e Inovao; Reduo de Custos e Riscos. Porm, uma rede de cooperao horizontal somente conseguir atingir estes benefcios quando atingir um nvel de desenvolvimento considerado maturo, onde a governana da rede seja capaz de articular, formular e alinhar estratgias potencializadoras da competitividade da rede. Entretanto, so necessrios instrumentos de medio dessa maturidade das redes, a fim de que possam conhecer-se melhor, e melhor explorar seus potenciais. Partindo deste pressuposto, faz-se necessrio a construo de uma estrutura de anlise (um modelo) capaz de prospectar uma viso generalizada das aes de coopetio (competio + cooperao) existentes em redes de cooperao de empresas. 2.3. Base Terica para a Estrutura de Anlise da Coopetio de RCH q3r2gPara estruturar o modelo proposto por esta pesquisa, foram identificados e estruturados sistematicamente os fatores e variveis que fundamentam a construo terica-conceitual para anlise do desempenho coopetitivo de redes de cooperao horizontal atravs de uma extensa pesquisa bibliogrfica. A partir desse arcabouo terico, foram propostos quatro nveis, categorizados hierarquicamente por meio da abrangncia dos fatores e variveis vinculados em cada nvel, classificados como descrito a seguir. Para o nvel mais alto da hierarquia, tem-se o grupo dos Fatores Sistmicos, um conjunto de fatores e variveis compositores da anlise macroscpica da competitividade da indstria. Para a anlise desse nvel, baseando-se em alguns autores (Hunger & Wheelen, 2002; Casarotto Filho, Minuzzi & Santos, 2006 e Hitt; Ireland & Hoskisson, 2008) definiu-se como fatores fundamentais: polticos, econmicos, internacionais, socioculturais, socioeconmicos e tecnolgicos. Em um segundo nvel, foi proposto o grupo dos Fatores Setoriais, agrupando as variveis diretamente ligadas anlise da competitividade de um determinado setor em especfico. Baseou-se em alguns autores (Porter, 2005; Amato Neto, 2009) para a anlise desses fatores, definidos como: geogrficos, econmicos, estratgicos, tecnolgicos, ambientais, internacionais e concorrenciais. Para o nvel dos Fatores de Inter-Relao, relacionados anlise da competitividade gerada especificamente por meio da atuao em rede de cooperao horizontal, foi utilizada a ferramenta de Anlise do Desenvolvimento de Clusters/APLs, desenvolvida por Amato Neto (2009) em conjunto com outros autores, permitindo a construo do arcabouo de fatores, sendo eles: confiana e reciprocidade; complementaridade e comprometimento; troca de experincia e aprendizagem; histrico e identidade; adaptabilidade e alinhamento; interdependncia e igualdade; incompatibilidade e conflitos; concorrncia e rivalidade; controle e padronizao; desempenho individual; independncia e autonomia e; governana. No quarto nvel tem-se o grupo de Fatores Internos, que compem a anlise da competitividade gerada internamente s empresas constituintes de uma rede. Para essa anlise, props-se, em conjunto com a reviso bibliogrfica o uso da Anlise SWOT (Porter, 2005), construindo o seguinte conjunto de fatores: estratgia e gesto; capacitao produtiva; capacitao para inovao; recursos intangveis e; recursos tangveis. Assim nessa estrutura em 4 nveis, so propostos os 30 fatores citados, aqui denominados como Fatores Crticos de Sucesso – FCSs - para anlise do desempenho coopetitivo de redes de cooperao horizontal de empresas. A figura 1 sintetiza a estrutura de anlise da coopetio de redes de cooperao horizontal de empresas, reunindo assim todas as ferramentas e demais fontes de fatores das quais estruturam o arcabouo de FCSs propostos. A proposio desta estrutura busca traduzir a hierarquia dos nveis de interferncia e abrangncia de cada um dos grupos de fatores sobre os demais e sobre a coopetio de redes de cooperao horizontal, alm de separ-los em duas grandes famlias de fatores: (1) fatores condicionantes da competitividade sistmica e (2) fatores condicionantes da competitividade da rede. Figura 1 - Estrutura da proposio de anlise da coopetio de redes de cooperao horizontal Assim, os Fatores Sistmicos abrangem e interferem no sistema macroscpico, como por exemplo, as caractersticas econmicas, culturais, sociais de um pas ou de uma regio. Estes tambm so os condicionantes dos Fatores Setoriais, que se adaptam aos fatores sistmicos e estabelecem as regras e diretrizes para a atuao competitiva, istrativa, produtiva e poltica de determinado setor/segmento em especfico. O agrupamento desses dois conjuntos de fatores (sistmico e setorial) forma a famlia de fatores aqui denominados como Condicionantes da Competitividade Sistmica. Ainda, os fatores setoriais so os condicionantes da atuao de uma rede de cooperao horizontal, a qual adaptar seus Fatores de Inter-Relao s regras e diretrizes estabelecidas em nvel setorial. Foi estabelecido ainda um terceiro nvel de fatores, aqueles relativos ao inter-relacionamento entre as empresas, ou o que se pode denominar de fatores condicionantes de cooperao na rede. Por fim, estabeleceu-se o nvel interno s empresas da rede de cooperao, condicionados s regras e diretrizes dos fatores em nvel de Inter-Relao. Ao analisar as interaes de um nvel sobre o outro da estrutura, percebe-se que entre o nvel de Fatores de Inter-Relao e o nvel Fatores Internos s empresas da rede, existe uma interao das aes dos fatores entre os dois nveis, explicitando o fato da interferncia direta do desenvolvimento evolutivo competitivo de cada empresa sobre o desenvolvimento evolutivo competitivo da rede de cooperao. Compondo assim a famlia de fatores condicionantes da competitividade da rede. Dessa forma, para que ocorra o desenvolvimento evolutivo competitivo de uma rede de cooperao horizontal, so igualmente relevantes tanto s aes de cooperao do nvel de Inter-Relao quanto as de competncias internas do Nvel dos Fatores Internos s empresas da rede. Com base nisso, forma-se a coopetio da rede de empresas, sendo esta o pilar fundamental do desenvolvimento evolutivo competitivo de uma RCH. Com base nessa bibliografia, props-se ento para os FCSs elencados na figura 1, suas variveis, que traduzem as aes que concretizam / constroem cada um dos FCSs especificamente em uma rede de cooperao horizontal. 3. Proposta de Anlise da Coopetio de RCH por meio de FCSs 3v3j1cA abrangncia da proposta para anlise da coopetio de RCH por meio de FCSs e suas variveis foram delimitadas aos nveis de Fatores de Inter-Relao e dos Fatores Internos s empresas constituintes de uma rede, visto serem esses os mais significativos para o desenvolvimento evolutivo competitivo de uma rede de cooperao horizontal, tendo por base de que os outros dois nveis no so controlveis pela rede de empresas ou por suas empresas constituintes. Desta forma, os nveis de desempenho coopetitivo atingidos pelas empresas participantes de uma rede de cooperao horizontal esto condicionados ao status quo dos grupos de Fatores Setoriais e aos Fatores Sistmicos no momento de aplicao do modelo terico-conceitual (ferramenta) aqui proposta, sendo estes considerados como influenciadores diretos do desempenho coopetitivo da rede em anlise. Assim, para cada FCS a proposta que cada um seja analisado por meio das variveis que o compe relativamente sua existncia, disponibilidade, intensidade, qualidade, custo e influncia sobre a coopetio da RCH. As variveis para cada um dos FCSs foram definidas atravs de reviso bibliogrfica, descritos nos quadros 1 e 2. Ainda, a proposta de anlise da coopetio de RCH, foi fundamentada em duas grandes dimenses: a cooperao, vinculada ao nvel de Fatores de Inter-Relao e as competncias, vinculadas ao nvel de Fatores Internos. Estas daro estrutura ao modelo terico-conceitual para mensurao do desempenho coopetitivo a ser proposto. Quadro 1 – Conjunto de FCSs em Nvel de Inter-Relao inerentes Coopetio de RCH
Fonte: Os autores. ------ Quadro 2 – Conjunto de FCSs em Nvel Interno inerentes Coopetio de RCH
Fonte: Os autores. Partindo da proposio dos FCSs para anlise do desempenho coopetitivo de redes de cooperao horizontal e das variveis que os compem, faz-se necessrio a validao destes, como tambm a construo dos valores dos quais os agregaro um peso de importncia de cada FCS e varivel sobre a coopetio de RCHs. Este processo trata-se de um processo metodolgico do qual fundamenta a construo do modelo terico-conceitual, estando descrito no item 3.3 deste trabalho. 4. Procedimentos metodolgicos para a construo do modelo terico-conceitual 3i3f23A partir da definio dos FCSs e sua diviso nos grupos de cooperao e competio, definiu-se a necessidade de valorar esses itens em termos de importncia e relevncia, extratificando-os com pesos caractersticos para cada um, conseguindo assim classific-los em relao sua importncia para a anlise do desempenho coopetitivo de redes de cooperao horizontal. Para construo dessa classificao, buscou-se quatro grupos de indivduos ligados direta ou indiretamente atuao de redes de cooperao horizontal, quais sejam:
O nmero de indviduos para cada grupo selecionado foi definido por meio de um mtodo probabilstico, a fim de garantir a homogeneidade das amostras dentre os quatro grupos selecionados. Assim, a escala proposta para os FCSs baseou-se na importncia de cada FCS em relao estruturao da anlise do desempenho coopetitivo de redes de cooperao horizontal. Para a mensurao quantitativa destes nveis de importncia foi proposta uma escala Likert de 5 (cinco) pontos, classificados estes da seguinte maneira: - Peso 5 (cinco) pontos: de essencial importncia para a anlise do desempenho da coopetio; - Peso 4 (quatro) pontos: muito importante para a anlise do desempenho da coopetio; - Peso 3 (trs) pontos: importante para a anlise do desempenho da coopetio; - Peso 2 (dois) pontos: pouco importante para a anlise do desempenho da coopetio; - Peso 1 (um) ponto: no possui nenhuma importncia para a anlise do desempenho da coopetio; Com essa escala, foram atribudos os pesos de cada FCS. A obteno do peso e/ou do valor da importncia de cada FCS foi realizada por meio da utilizao do clculo de mdia ponderada sobre a frequncia de respostas. Utilizar-se- a equao estatstica 1 (Eq.1), para o clculo da importncia de cada FCS, com base no valor atribudo pelos grupos respondentes, dentro do limite de 5 (cinco) pontos da escala Likert elencada a estes. Onde:
f = frequncia de respostas para cada valor. Assim, a partir do valor da importncia obtido por meio do clculo da mdia ponderada de cada FCS, definiu-se o coeficiente de multiplicao para cada um dos FCSs. 5. Proposta do modelo terico-conceitual 1kc6wCom base nos pressupostos expostos no item 3, foi proposto um modelo terico-conceitual para anlise de desempenho e posicionamento coopetitivo de uma RCH, a partir da anlise individual das empresas constituintes da rede estudada. Com isso objetiva-se ter o diagnstico de desempenho e posicionamento coopetitivo das empresas constituintes da rede de cooperao horizontal analisada e, consequentemente do cenrio coopetitivo da rede. Com isso ser possvel identificar quais variveis esto comprometendo o desempenho coopetitivo, seja de uma empresa particularmente, assim como o da rede conjuntamente. O modelo terico-conceitual proposto est fundamentado em duas dimenses fundamentas, que vinculam-se entre si para construir a competitividade de uma rede de empresas: a competncia interna de cada empresa e a capacidade de cooperao da empresa em relao s demais empresas da rede. Essas duas variveis podem ser colocadas como as variveis de dois eixos cartesianos de aes, tendo-se para o eixo X as aes de cooperao existentes entre as empresas de uma rede de cooperao horizontal e para o eixo Y as competncias internas e/ou as competncias essenciais de cada uma das empresas constituintes da rede. A mensurao dessas duas dimenses se dar por meio do desenvolvimento de um questionrio estruturado, composto por perguntas fechadas vinculadas s variveis de interesse (identificadas na literatura e expostas nos quadros 1 e 2 desse trabalho). Para cada varivel vinculada a um FCS tambm foi atribudo um peso. Para tanto definiu-se uma escala com 4 (quatro) valores de intensidade, que identificam como a varivel atua sobre o fator crtico de sucesso a que est elencada. A definio de peso 0 (zero) identifica um nvel neutro na relao entre a varivel e o FCC. Um peso 5 (cinco) foi designado quando h apenas um nvel superficial de relao entre varivel e FCC. Quando a interao varivel – FCC for intermediria, definiu-se um peso 7,5 (sete e meio) para a varivel. E ainda, um peso 10 (dez) quando ocorra uma relao de profundidade entre varivel e FCS. A partir da aplicao do questionrio que sero reunidos os dados necessrios mensurao do desempenho coopetitivo da rede de cooperao horizontal. Este se dar por meio da compilao dos dados obtidos na aplicao dos questionrios aos gestores das empresas da rede analisada. Esta compilao, inicialmente, ser feita por meio do clculo da mdia ponderada referente s variveis apontadas pelos gestores em relao a seu FCS por meio dos seguintes procedimentos estatsticos: Equao 2 (Eq.2): clculo da mdia ponderada entre o valor das variveis apontadas e o peso de seu FCS para determinada dimenso. Onde:
P = peso do FCS; V = valor (intensidade) apontado para a varivel. Partindo da obteno da mdia ponderada das variveis de cada fator crtico de sucesso, realiza-se novamente o clculo de mdia ponderada, porm nesse momento, entre os fatores crticos de sucesso de cada dimenso, ou seja, dos FCSs da cooperao e dos FCSs das competncias. Obtendo-se assim como resultado, o valor do desempenho em cada eixo da empresa estudada. Para isto utilizar-se- a equao 3 (Eq. 3): Onde:
P = peso dos FCSs da dimenso. Com a obteno dos valores resultantes da execuo da estatstica apresentada, faz-se possvel montar o diagrama de disperso por quadrantes da avaliao do desempenho coopetitivo da rede de cooperao horizontal estudada, por meio da mensurao do desempenho coopetitivo de cada uma das empresas constituintes desta. 6. Consideraes finais 2z2j42O modelo de atuao em redes de cooperao horizontal fomenta a construo de uma base consolidada para o desenvolvimento evolutivo dos nveis de competitividade das empresas que a constituem, com vistas sua sobrevivncia e diferenciao frente aos embates gerados pelo processo de globalizao que se mantm em constante mutao evolutiva. Assim, se faz necessrio a gerao de ferramentas que traduzam quantitativamente o construto da cooperao interfirmas e das competncias internas das quais as empresas constituintes de uma rede necessitam deter. Partindo disso, tal construto pode ser traduzido por meio da identificao, construo e descrio de fatores mensurveis em torno das esferas cooperao interfirmas e competncias internas. Tais fatores para esta pesquisa tratam-se dos fatores crticos de sucesso ao escopo estrutural das aes de cooperao interfirmas e das competncias internas (geradoras de competitividade) dos atores participantes de uma RCH. So esses que caracterizam a possvel colaborao ou no da atuao em rede, no que tange interferncia sobre o desenvolvimento evolutivo dos nveis de competitividade destes atores em particular, como tambm da rede. Para que esta colaborao seja tangvel, evidente a necessidade da proposio de ferramentas das quais sejam capazes de realizar a mensurao do desempenho da coopetio de uma rede de empresas, por meio da anlise isolada de cada uma das empresas constituintes desta. Faz-se necessrio assim, uma ferramenta capaz de ultraar o limite do diagnstico de cenrio atual da rede de cooperao, como tambm identificar pontualmente as lacunas e falhas das quais limitam seu bom desempenho coopetitivo, causando retardamentos significativos no desenvolvimento evolutivo competitivo desta. Assim, a proposio do modelo terico-conceitual desta pesquisa abarca estas necessidades, realizando inicialmente o diagnstico do desempenho coopetitivo por meio da gerao do diagrama de disperso por quadrantes e, em um segundo momento, composto este por uma anlise sistmica dos FCSs, consequentemente das variveis que o compe, a deteco de deficincias no desempenho tanto na dimenso cooperao interfirmas como na dimenso competncias internas de cada empresa da rede. Ainda, a ferramenta para mensurao do desempenho da coopetio de redes de cooperao horizontal proposta por esta pesquisa, possui uma estrutura bsica, sendo ela de carter genrico, fazendo-se nesse momento do desenvolvimento das pesquisas em torno de redes de cooperao horizontal, de considervel relevncia. Tendo este, ao final de sua aplicao um diagnstico preciso e eficaz do nvel de desempenho e posicionamento coopetitivo da rede na qual foi aplicado e das empresas que a compe. Por fim, a presente pesquisa colabora com o preenchimento da lacuna informacional existente em torno do escopo de coopetio e da inexistncia de instrumentos capazes de mensurar o desempenho coopetitivo da atuao em redes de cooperao horizontal. Referncias 1n5j14AMATO NETO, J. Gesto de Sistemas Locais de Produo e Inovao (Clusters/APL): Conceitos, princpios e aplicaes. Sistemas de indicadores e benchmarkings. Anlises e discusso de casos. So Paulo: Atlas, 2009. BRAGA, D.P.G.; BRAGA, A.X.V.; SOUZA, M.A. Performance and competitiveness of network of companies: study in a network of travel and tourism agencies of Rio Grande do Sul State – Brazil. Espacios Magazine. Vol. 31 (2) Pg. 20, 2010. CARVALHO, M. M.; LAUTINDO, F. J. B. Estratgia Competitiva: dos conceitos implementao. 2 ed., So Paulo: Atlas, 2010. CASAROTTO FILHO, N.; MINUZZI, J. & SANTOS, P.C. dos. Competitividade sistmica de distritos industriais no desenvolvimento regional: uma comparao. Revista da FAE. v.9, n.2, p.121-134, 2006. CHENNAMANENI, P.R.; DESIRAJU, R. Comarketing Alliances: Should You Contract on Actions or Outcomes? Management Science. Vol. 57, No. 4, pp. 752–762, 2011. DAGNINO, G. B.; PADULA, G. Coopetition Strategy: a new kind of interfirm dynamics for value creation. In: II Annual Conference of Euram on: Innovative Research Management. Track: “Coopetition Strategy: Towards a new kind of interfirm dynamics”. Stockholm: may 9-11, 2002. GEROLAMO, M. C. Gesto de desempenho em clusters e redes regionais de cooperao de pequenas e mdias empresas – Estudos de casos brasileiros e alemes e proposta de um modelo de anlise. 2007. 227 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) – Universidade de So Paulo – USP, Escola de Engenharia de So Carlos. So Carlos, 2007. GEROLAMO, M.C.; CARPINETTI, L.C.R.; FLESCHUTZ, T. & SELIGER, G. Clusters e redes de cooperao de pequenas e mdias empresas: observatrio europeu, caso alemo e contribuies ao caso brasileiro. Gesto & Produo. v. 15, n. 2, p. 351-365, 2008. HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. istrao Estratgica. 7. ed. So Paulo – SP: Thomson Learning, 2008. 415 p. HOFFMANN, V. E.; MORALES, F. X. M.; FERNNDEZ, M. T. M. Redes de Empresas: Proposta de uma Tipologia para Classificao Aplicada na Indstria de Cermica de Revestimento. Revista de istrao Contempornea – RAC. 1 Edio Especial, p. 103-127, 2007. HUNGER, J. D.; WHEELEN, T. L. Gesto Estratgica: Princpios e Prtica. 2 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Afonso Editores, 2002. 272 p. KIM, K.K.; PARK, S.H.; RYOO, S.Y.; PARK, S.K. Inter-organizational cooperation in buyer–supplier relationships: Both perspectives. Journal of Business Research. No. 63, p. 863–869, 2010. LESK, G.; PARKER, D. Strategic groups, competitive groups and performance within the U.K. pharmaceutical industry: improving our understanding of the competitive process. Strategic Management Journal. No. 28, 723–745, 2007. LLAPA, A.V.;NAKANO, D.;MEDINA, J.C. Factors influencing knowledge transfer inter-organizacional. Case: supply chain. Espacios Magazine. Vol. 32, p. 2, 2011. LUI, S. S.; WONG, Y.Y.; LIU, W. Asset specificity roles in interfirm cooperation: Reducing opportunistic behavior or increasing cooperative behavior? Journal of Business Research. No. 62, p. 1214–1219, 2009. MAIA, F.S.; MAIA, T.S.T. Network training and strategic alliances in the civil construction sector. Espacios Magazine. Vol. 32, p. 38, 2011. MARTINELLI, D. P.; JOYAL, A. Desenvolvimento local e o papel das pequenas e mdias empresas. So Paulo: Manole, 2004. NEVES, M. P. S. Anlise da coopetio em redes horizontal de pequenas e mdias empresas do RS na percepo dos gestores das redes. 2009. 154 p. (Dissertao de Mestrado). Mestrado em istrao e Negcios. UFRGS, Porto Alegre, 2009. PORTER, M. E. Estratgia Competitiva: Tcnicas para Anlise de Indstrias e da Concorrncia. 4 ed. 409 p. Elsevier, So Paulo, 2005. SORDI, J. O. et al. Competncias crticas ao desenvolvimento de mapas cognitivos de redes de cooperao horizontal de micro e pequenas empresas. Revista de istrao Pblica – RAP. v. 43, No. 5, p. 1181-1206, 2009. TIDD, J., BESSANT, J. e PAVITT, K. Managing Innovation: Integrating technological, market and organizational change. John Wiley e Sons, 3 edio, 2005. VERSCHOORE, J. R. e BALESTRIN, A. Ganhos competitivos das empresas em redes de cooperao. Revista de istrao – Eletrnica. v. 1, n.1, art.2, 2008. VERSCHOORE, J. R. Programa Redes de Cooperao: uma anlise da poltica pblica gacha de formao de redes. Revista Ps Cincias Sociais, v. 7, p. 101-116, 2010. VERSCHOORE, J. R. Programa Redes de Cooperao: uma anlise da poltica pblica gacha de formao de redes. Revista Ps Cincias Sociais. v. 7, p. 101-116, 2010. |
1 Universidade Tecnolgica Federal do Paran – UTFPR. E-mail: [email protected] |
Vol. 33 (5) 2012 [En caso de encontrar algn error en este website favor enviar email a ] |