Geraldo Alemandro Leite Filho*, Ana Flvia Guedes Figuer** y Luiz Marcelo Antonialli*** 2g2ty
Recibido: 12-07-2010 - Aprobado: 25-10-2010
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi investigar os fatores que causaram, sob o ponto de vista dos contadores, a descontinuidade de empresas brasileiras. Com base em resultados de estudos anteriores sobre mortalidade de empresas, foram levantadas 51 assertivas denominadas fatores causadores de descontinuidade. Os dados foram coletados por meio de questionrios estruturados de uma amostra probabilstica de 52 contadores. Foram realizados pr-testes e testes de confiabilidade interna dos dados, atingindo nveis significativos. Os dados foram tratados por meio de Anlise Fatorial. Foram destacados 15 fatores empricos que explicaram os motivos da descontinuidade das empresas da amostra. Palavras-chave: Descontinuidade, gesto empresarial, Anlise Fatorial. |
ABSTRACT: |
Para a Contabilidade, as empresas ou entidades so organismos vivos que iro operar por perodo de tempo indeterminado. Este aspecto destacado teoricamente como o princpio da Continuidade, referindo-se ao ambiente em que a entidade atua na premissa de que ir operar por um perodo de tempo relativamente longo. Contudo, na prtica empresarial, verifica-se assimetria entre a teoria e a prtica quando um histrico de fatores sinalizarem tendncias de descontinuidade.
Todos os mecanismos criados com o intuito de garantir a uniformidade e regulamentar a Cincia Contbil foram criados para que a Contabilidade pudesse assegurar aos patrimnios das entidades, condies de continuidade. Desta forma, todos os postulados, princpios e convenes foram criados com o objetivo de auxiliar gesto das entidades. Supe-se que e a no observncia deles, pode ser uma das causas da descontinuidade das entidades.
A constituio de uma empresa reflete o potencial de gerao de benefcios futuros no somente para sua parte constituinte como tambm para o meio em que est inserida. Entretanto, muitas empresas, por no conseguirem auferir tais benefcios, consequentemente no conseguem sobreviver. A mortalidade das empresas acaba trazendo problemas econmicos e sociais no ambiente em que a mesma estava inserida. Observa-se que a dinmica e o crescimento da economia dos pases em desenvolvimento dependem, em grande parte, da capacidade de criar empresas capazes de sobreviver para gerar trabalho, renda para populao por longos perodos de tempo, para alcanar assim um posicionamento adequado na economia mundial.
Apesar da representatividade econmica das empresas brasileiras, destacando-se as pequenas empresas responsveis por parcela significativa da gerao de emprego e renda nacional, tm-se observado que as mesmas encontram significativas dificuldades para conduo de suas atividades e permanncia no mercado. Para Motta (2000), so vrios os fatores que provocam esta vida efmera: a opresso e concorrncia das grandes empresas, limitaes do mercado, dificuldades na obteno de recursos financeiros, o gerenciamento do capital de giro, a carga tributria elevada. No entanto, segundo o autor, alm desses fatores existem os que so altamente influentes empresa: a baixa capacidade para gerir os negcios.
Supe-se que a mortalidade (descontinuidade) de empresas pode ser um dos problemas que compromete o crescimento econmico. Estudos tm demonstrado suscetibilidade para o fechamento de empresas, principalmente nos primeiros anos de existncia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE, 2005), em torno de 70% das empresas no superam as dificuldades iniciais inerentes as ambiente empresarial e encerram suas atividades nos trs primeiros anos e meio de atividade. Tais informaes podem ser comprovadas pelo estudo realizado sobre Mortalidade de Empresas pela Fundao Universitria de Braslia – FUBRA (2004) e pelo Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2004). Para as empresas constitudas na Junta Comercial De Minas Gerais – JUCEMG, nos anos de 2002, 2001 e 2000, a taxa de mortalidade encontrada foi de 45% para aquelas com at dois anos de existncia, 50% no caso de estabelecimentos com at 3 (trs) anos e 47,4% no permanecem no mercado alm dos 4 (quatro) anos (SEBRAE, 2004).
O estudo dos diversos fatores que provocaram o encerramento das atividades operacionais das empresas tem motivado pesquisas nesta temtica. Apesar da relevncia do assunto considera-se um nmero pequeno e disperso de investigaes relacionadas, principalmente no caso brasileiro. Apesar disto, instituies tm se preocupado com aspectos de descontinuidade de empresas e tm feito pesquisas peridicas e longitudinais. O SEBRAE e a FUBRA realizaram pesquisa por amostra nas 12 Unidades da Federao, identificaram as taxas de mortalidade nas Empresas de Pequeno Porte nas cinco regies do pas, para empresas constitudas nos anos de 2000, 2001 e 2002, com empresas constitudas e registradas nestes anos e levantaram os principais fatores que provocaram a descontinuidade de suas atividades. Ainda, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) atravs do Cadastro Central de Empresas, divulgado em 2000, expam sobre o assunto delimitando as empresas constitudas entre 1999 e 2000. Em 1997, o mesmo Instituto divulgou pesquisa sobre a sobrevivncia das unidades locais criadas neste ano, a permanncia das empresas no mercado em uma anlise setorial envolvendo as cinco regies do pas. Constam ainda artigos, teses e dissertaes sobre a Mortalidade de Empresas em diversas regies do Brasil (ANDRES; HERMANN, 2005; ERCOLIN, 2007; ESPINHA; MACHADO, 2005; FERREIRA, 2006).
Numa abordagem internacional, destaca-se a atuao do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa liderada pela London Business School e o Babson College (EUA) cuja proposta avaliar o empreendedorismo no mundo a partir dos indicadores comparveis. Em 1999 realizou seu primeiro ciclo, envolvendo mais de 40 pases, inclusive o Brasil. Aperfeioada a cada ano, a pesquisa confirma a postura empreendedora do povo brasileiro. Na edio de 2008, o Brasil ficou em 13 lugar no ranking do empreendedorismo, sendo a taxa de empreendedores em estgio inicial do pas de 12,02%, atrs de pases como a Bolvia e Peru, primeiro e segundo colocados na pesquisa.
Devido importncia das empresas locais como fonte geradora de recursos julga-se relevante identificar quais os aspectos causadores de sucesso ou fracasso, para se entender todos os fenmenos que direta ou indiretamente influenciam na continuidade, informando ao empresrio, contador e comunidade em geral possveis alternativas de gesto de negcios visando o alcance da efetividade e o sucesso empresarial. O conhecimento das causas de mortalidade pode ser condio para possvel criao de instrumentos capazes de minimizar os ndices de descontinuidade em empresas, como polticas de incentivo a criao e sobrevivncia destas.
Pela preocupao em saber as dificuldades enfrentadas pelas empresas descontinuadas, o objetivo principal desta pesquisa foi identificar os fatores causadores da descontinuidade de empresas da cidade de Montes Claros (MG). De forma especfica, verificou-se sob as categorias: financeira, de mercado, macroeconmico, estrutura, istrao estratgica e comportamento empreendedor quais foram os motivos para a descontinuidade das atividades das empresas.
A justificativa pela escolha desta localidade reside no fato de que a cidade considerada um plo de desenvolvimento econmico da regio do norte de Minas Gerais, destacando-se principalmente nas atividades de indstria, comrcio e servios.
O artigo est subdividido da seguinte forma: primeiro a introduo, em seguida referencial terico usado como fundamentao para a pesquisa, a abordagem metodolgica, em seguida os resultados, concluses e referncias utilizadas.
A criao de novos negcios uma das causas da prosperidade social, econmica e financeira, na medida em que permite a gerao de novos empregos e de oportunidades para a sociedade, alm de contribuir para o aumento da competitividade e a eficincia econmica (SANTOS, 2007). So as empresas, as responsveis pela gerao da renda nacional e criao ou implementao de inovaes e oportunidades. Neste sentido, destacam-se aspectos como istrao, recursos pessoais, finanas, mercado e produo devem ser atentados para que se almeje uma gesto eficaz, fazendo necessria a adoo de instrumentos, como um planejamento a longo prazo, onde a organizao mantenha um fluxo de caixa equilibrado, rentabilidade, baixo grau de inadimplncia, controle de despesas, capacidade de negociar, ateno aos clientes, clima organizacional harmonioso, entre outras coisas. Supe o autor que, ao seguir os aspectos acima destacados, a empresa estar visando sobreviver no mercado e um retorno aceitvel para seu investimento.
Segundo Degen (2005), para as empresas garantirem sua sobrevivncia em meio s adversidades, necessrio se torna que ela mantenha uma capacidade de adaptao e mudana em relao a seu ambiente. A turbulncia no ambiente empresarial gera um clima de incerteza para a tomada de decises. Assim, conceitos de gesto estratgica aram a se incorporar como ferramenta de controle da turbulncia ambiental (OLIVEIRA, 1986). Por outro lado, observam-se empresas que adotam outras formas de gesto, com caractersticas mais reativas, consumindo esforos gerenciais e recursos que no so utilizados pela gesto estratgica (ERCOLIN, 2007).
Ainda segundo Ercolin (2007), a maior parte dos registros sobre a descontinuidade de empresas no apontam de maneira confivel a causa da cessao das mesmas e poucos pases exigem a notificao do registro. Para a Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE, 2002) uma das formas para descobrir se a empresa desapareceu tem sido a verificao se a produo est zerada e se no h empregados.
Estudos do IBGE (2005) e SEBRAE (2004), a nvel nacional, tm apontado que a maioria das empresas que nasceram e morreram no pas foram de pequeno porte e pertencentes ao setor comercial. Das empresas criadas, 94% tinham at quatro funcionrios e baixo faturamento (consideradas como micro ou pequenas) e concentram 61,9% do pessoal ocupado nestes novos empreendimentos. Das empresas extintas, verificou-se que 96,7% delas tinham at quatro funcionrios e concentraram mais de 60 % da mo-de-obra formal. A mortalidade incidente nestas pequenas empresas pde ser explicada em princpio, segundo o SEBRAE (2004) pela dificuldade de crdito, menor capacidade competitiva e dificuldade de adaptao ao ambiente e suas mutaes.
Espinha e Machado (2005) consideram que para compreender a descontinuidade preciso conhecer as causas que a empresa deixou de atuar no mercado, pois as empresas podem encerrar suas atividades por uma combinao de fatores internos e externos. Os fatores internos, segundo os autores, compreendem: falta de habilidade gerencial, fraca gesto estratgica, falta de capitalizao, falta de viso, falha no design do produto, falha na competncia pessoal bsica, fraca utilizao de capital de terceiros e falha no tempo de fabricao de produtos. Entre os fatores externos estariam, por exemplo, a baixa cooperao dos acionistas e problemas nas condies externas de mercado. Os mesmos autores em um estudo comparativo com empreendedores e investidores apontaram os fatores acima destacados como causas do fracasso empresarial. Geralmente estudos no apontam distino entre fracasso, mortalidade, declnio e falncia. Situaes so analisadas como sinnimos de fracasso, mas podem conduzir a diferentes resultados. A falncia, por exemplo, no resulta necessariamente no trmino da empresa (HISRICH; PETERS, 2004).
Estudo feito pelo SEBRAE (2004) identificou as causas que levaram ao insucesso as empresas no Brasil, evidenciando que um dos principais fatores que tem contribudo para essa situao a falta de capital de giro (45,8% das respostas), elemento crucial para o fechamento das empresas segundo os empresrios, vindo a seguir a elevada carga tributria (41,7%), fator apontado em outras pesquisas correlatas do SEBRAE. Acrescentando aos dois fatores problemas financeiros, concorrncia muito forte, existncia de maus pagadores, falta de clientes, localizao inadequada, recesso econmica e ausncia de habilidades para gerenciar o negcio. A pesquisa SEBRAE afirma que “a alta mortalidade das empresas no Brasil est fortemente relacionada, em primeiro lugar, a falhas gerenciais na conduo dos negcios, seguida de causas econmicas conjunturais e tributrias” (SEBRAE, 2004, p.16).
Outro estudo do SEBRAE-SP (2008) verificou que, em geral, as causas do fenmeno de mortalidade sofrem pouca variao. A cada novo estudo, constatou-se tambm que no possvel atribuir a um nico fator a causa da mortalidade das empresas. Dentre os fatores contribuintes para o encerramento prematuro dos negcios de empresas paulistas, foram identificados a ausncia de um comportamento empreendedor, falta de planejamento prvio, gesto deficiente do negcio, insuficincia de polticas de apoio, flutuaes na conjuntura econmica e problemas pessoais dos proprietrios.
Chr (1991) atribui a mortalidade das pequenas empresa aos seguintes fatores: a) Inexperincia no ramo de negcios: falta de informao e conhecimento prvio ocasiona falta de competncia istrativa, falta de resistncia e incapacidade de assumir riscos; b) efeito sanduche: as empresas compram de grandes fornecedores e vendem para grandes clientes e dessa forma, os preos acabam sendo impostos tanto por parte do fornecedor, com a matria-prima, quanto pelos compradores com o produto final. Nessa situao, a empresa acaba sendo “devorada”; c) Legislao Tributria; d) baixo volume de crdito e financiamento; e) mo-de-obra desqualificada; f) atendimento excessivo de objetivos pessoais; g) obsolescncia de mtodos, equipamentos e mentalidade empresarial; h) falta de comunicao entre scios, funcionrios, fornecedores, clientes.
Degen (2005) observou que a falta de conhecimento e habilidades istrativas, mercadolgicas, financeiras e tecnolgicas so principais razes para o insucesso empresarial. Sendo razes mais importantes: Falta de experincia empresarial; Conhecimento inadequado do mercado; Insuficincia de disponibilidade de capital para iniciar o negcio; Problemas de qualidade de produto; Localizao errada; Erros gerenciais no desenvolvimento do negcio; Capitalizao excessiva em ativos fixos; Inadimplncia de credores; Ineficincia de marketing e vendas; Excessiva centralizao gerencial do empreendedor; Crescimento mal planejado; Atitude errada do empreendedor para com o negcio; Erro na avaliao da reao do concorrente; Rpida obsolescncia do produto; Abordagem incorreta de vendas; Problemas de produo do produto; Escolha do momento errado para iniciar o empreendimento; Falta ou erros de planejamento do empreendimento, como na projeo de vendas, de custos e do fluxo de caixa.
A pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizada em 2000 abordou que os entraves para as empresas esto no o ao capital necessrio e em seu custo, na elevada carga de tributos e nas exigncias fiscais e legais e na capacitao para gesto do negcio. Pode-se, ainda, somar a este problema as questes relacionadas inadimplncia, dvidas e desgastes emocionais provocados pela falncia. Isto acaba comprometendo o prprio “nome” do empreendedor, uma vez que no Brasil, mais difcil que legalizar uma nova empresa encerr-la.
Previdelli (2001) na pesquisa sobre mortalidade de empresas no municpio de Maring, no estado do Paran, atribuiu a mortalidade precoce de empresas aos problemas financeiros, elevada carga tributria, concorrncia acirrada e falta de clientes. Numa pesquisa do mesmo gnero na cidade de Londrina, Dutra (2003) ratificou as mesmas causas sobre a mortalidade da cidade de Maring, acrescentando aos fatores problemas particulares do empresrio, falta de crdito e a concorrncia forte.
Felippe et al (2000), numa investigao com empresrios que tiveram empresas fechadas em So Jos dos Campos, estado de So Paulo, concluiu os principais fatores que interferiram na gesto dos empreendimentos: falta de clientes, escassez de capital de giro, carga tributria elevada, ponto inadequado, recesso econmica do pas e inadimplncia. Neste estudo, o fechamento das empresas parece estar associados falta de conhecimento sobre o mercado atuante como tambm a falta de conhecimentos sobre a prpria gesto istrativo-financeira, pois parcela importante dos proprietrios das empresas que se extinguiram no possua experincia anterior no ramo de atividade onde estava atuando. Alm disso, apenas 17,64% dos proprietrios entrevistados possuam formao na rea de negcios, fator considerado relevante, exercendo impacto significativo na sobrevivncia das empresas.
Yonemoto (1998) observou a influncia dos fatores externos e internos no sucesso ou fracasso nas empresas de pequena dimenso, verificando que empreendedores, em geral, entram nos mercados despreparados, e que tcnicas e habilidades istrativas so reas decisivas para o sucesso. Para o autor, as causas de insucesso estariam relacionadas a fatores externos (poltica, economia, instabilidade de mercado, etc.), fatores internos (fluxo de caixa, finanas, aperfeioamento de produto, divulgao, vendas, comercializao, no busca assessoria tcnica/profissional, etc.) e fatores relacionados ao perfil do empreendedor (falta de capacitao, competncia gerencial, problemas de sucesso, etc.).
De acordo com De Mori (1998), os fatores internos citados por Yonemoto (1998) esto relacionados diretamente ao funcionamento da empresa e que podem ser modificados por ela. “A anlise interna tem por finalidade colocar em evidncia as deficincias e qualidades da empresa que est sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa devero ser determinados diante da sua atual posio produto-mercado” (Rebouas, 1991, pg. 94).
Sobre os aspectos externos ressaltados por Yonemoto (1998), destaca-se o ambiente, no qual a empresa a por problemas como falta de crdito, inadimplncia e a falta de poder aquisitivo dos clientes (GREATTI, 2003), alm de fatores macroeconmicos como recesso econmica, a concorrncia e fatores especficos como morte dos scios, falta de sucessores, assaltos, roubos, e incndio (ESPINHA; MACHADO, 2005).
Greatti (2003) estudou as causas da descontinuidade empresarial relacionando-a com a ausncia de caractersticas empreendedoras no empresrio, investigando as habilidades, competncias, comportamento e caractersticas individuais que em conjunto formavam o perfil empreendedor, concluindo que a ausncia destas habilidades, competncias, comportamento e caractersticas individuais foram responsveis pela descontinuidade das empresas.
Em outro estudo realizado sobre os fatores que influenciam na longevidade de empresas, realizado pelo SEBRAE, averiguou a taxa de mortalidade para os anos iniciais de vida de empresas, formalmente constitudas no estado de Minas Gerais, nos anos de 1995 e 1996. A pesquisa revelou que o primeiro ano de vida representou, em geral, o perodo de maior risco na vida de qualquer empresa, quando ela procura se firmar no mercado, testar a aceitao do seu produto e criar seus mecanismos e instrumentos de gesto e controle.
De forma simtrica aos estudos j citados, dados consolidados do Departamento Nacional de Registro do Comrcio (DNCR, 2004) informaram que apenas 10% dos estabelecimentos encerram suas atividades formalmente, isto , protocolam nas respectivas “juntas comerciais” o pedido de “baixa” no registro da empresa. Os principais motivos alegados para este comportamento so o custo elevado e o desconhecimento do processo de “baixa” no registro da empresa, sendo que a maioria tambm diz possuir a esperana de reativar as atividades (SEBRAE, 2004). As estatsticas oficiais referentes extino de empresas no expressam a realidade brasileira, pois muitos negcios fecharam as suas portas sem dar baixa nas instituies de registros oficiais (AZEVEDO, 1992).* Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Brasil, E-mail: [email protected]
**Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Brasil. E-mail: [email protected]
***Universidade Federal de Lavras – UFLA – Brasil. E-mail: [email protected]
Vol. 32 (2) 2011
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