Alexandre Ducatti*, Eduardo Prico**, rsula Arend***, Gisele Cemin****, Claus Haetinger*****, Claudete Rempel******. 503n4m
Recibido: 29-06-2010 - Aprobado: 02-10-2010
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RESUMEN: El uso de nuevas tierras para la agricultura y el pastoreo, as como la expansin de los centros urbanos presentan el aspecto de paisajes forestales fragmentados. Esas islas de vegetacin se presentan alteradas en relacin a la luminosidad, temperatura, disponibilidad de agua, viento y hasta plaguicidas, cuando estn relacionados a fragmentos rurales. Este estudio tuvo como objetivo verificar la fragmentacin de los bosques en la cuenca del ro Forqueta durante los aos de 1989 y 2008, utilizando tcnicas de sistemas de informaciones geogrfica (SIG) y la ecologa del paisaje, bien como proporcionar subvenciones para el establecimiento de una poltica ambiental para la regin. Los resultados indican una reduccin del 31% en el nmero de fragmentos de bosque, con un aumento del 79,9% en la superficie forestal en los 19 aos. Hubo un aumento significativo en las reas nuclear total en los fragmentos del 57,6% en 1989 y 70,6% en 2008. La distancia media entre los fragmentos mostraban un ligero descenso y el ndice de forma indica una forma oval. El anlisis de estos ndices favorece la creacin de corredores ecolgicos entre los fragmentos y el aumento en las reas centrales para mantener eficientes los procesos ecolgicos esenciales. Palabras clave: fragmentacin del bosque, mtricas del paisaje, calidad ambiental |
O crescente aumento populacional est diretamente relacionado com a necessidade de novas reas agriculturveis e de pastagem, os quais so os principais responsveis pela fragmentao e diminuio de grandes reas florestadas. O que se percebe so paisagens em forma de mosaico compostas por aglomerados urbanos, terras cultivadas e remanescentes ou ilhas de vegetao.
A paisagem pode ser definida como uma entidade espacial total e visual (Troll, 1971), com interaes entre os processos biticos e abiticos (Vink, 1983) e as atividades antrpicas, formando um conjunto nico e indissocivel em perptua evoluo (Bertrand, 1968). Sendo assim, o estudo da paisagem no se concentra apenas nos fatores biolgicos e fsicos de um ambiente, mas tambm nos processos culturais, scio-econmicos e histricos da presena humana em determinada rea que se encontra vinculada aos diversos usos da terra (Soares-Filho, 1998).
Forman e Godron (1986) incluram na definio o estudo integrado dos vrios processos que resultam nos padres texturais que apresenta a paisagem. Dessa forma, a ecologia da paisagem torna-se o estudo da estrutura, funo e mudana de uma regio heterognea composta de ecossistemas em interao, constituindo-se uma cincia bsica para o desenvolvimento, manejo, conservao e planejamento ambiental.
Os fragmentos florestais que compem as paisagens so definidos como reas de vegetao natural interrompidas por diversas formas de interveno antrpica, tais como, estradas, povoados, culturas agrcolas, culturas florestais, pastagens, montanhas, lagos, represas ou at mesmo formaes vegetais podem ser consideradas barreiras naturais capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais, plen ou sementes (Borges et. al., 2004).
A fragmentao aumenta a velocidade do processo de extino de populaes locais ou espcies, limitando o potencial de disperso e colonizao, assim como reduzindo o tamanho efetivo das populaes e facilitando o endocruzamento (Primack e Rodrigues, 2001).
Para a anlise e quantificao da estrutura da paisagem so utilizados ndices que permitem descrever o nvel de uniformidade ou fragmentao espacial de uma paisagem, essenciais para avaliao dos mecanismos ecolgicos responsveis pelas distribuies populacionais (Prico, et al., 2006).
O software FRAGSTAT 3.3 um conjunto de ferramentas auxiliares da anlise espacial da paisagem atravs de ndices que se dividem em trs nveis: fragmentos, classes e paisagem (Voloto, 1998). Esse software gera dados relativos a mtricas que quantificam a classe de uso e ocupao da terra para anlise e caracterizao do grau de fragmentao da paisagem. (Prico, 2006).
Para Saito et.al. (2001) os dados de sensoriamento remoto e os Sistemas de Informao Geogrfica (SIGs) constituem-se em importantes ferramentas que podem ser aplicadas para delimitar e acompanhar a evoluo do uso da terra.
Para a realizao de um diagnstico ambiental que possibilite aos tomadores de deciso elaborar seus planos de desenvolvimento necessria a elaborao de zoneamentos ambientais. Zoneamento, segundo Santos (2004) a compartimentao de uma regio em pores territoriais, obtida pela avaliao dos atributos mais relevantes e suas dinmicas. Para promover um zoneamento, o planejador deve reconhecer, suficientemente, a organizao do espao e sua totalidade e as similaridades dos elementos componentes de um grupo. Ao mesmo tempo, deve perceber claras distines entre os grupos vizinhos, fazendo uso de uma anlise mltipla e integradora. atravs desse exerccio de agrupar e dividir que se obtm a integrao das informaes e o diagnstico da regio planejada.
O zoneamento ambiental no Brasil (Lei Federal n 6.983, de 31/08/81), publicada no D.O.U. em 02/09/1981) ou Zoneamento Ecolgico-Econmico do Brasil – ZEE (Decreto n 4.297, de 10 de julho de 2002), prev preservao, reabilitao e recuperao da qualidade ambiental. Sua meta o desenvolvimento socioeconmico condicionado manuteno, em longo prazo, dos recursos naturais e melhoria das condies de vida do homem. Trabalha, essencialmente, com indicadores ambientais que destacam as pontencialidades, vocaes e fragilidades do meio natural. Pela sua prpria concepo muito utilizado pelos planejadores ambientais (Rempel et. al., 2009)
Todo zoneamento leva em conta as reas legalmente protegidas, matas ciliares, topos de morro e nascentes, mas pouco considera a dinmica da paisagem como um todo.
Este trabalho teve por objetivo utilizar como caso de estudo uma bacia hidrogrfica e realizar uma anlise da configurao e composio das reas florestais em um perodo de 19 anos. Foram selecionadas duas imagens da Bacia Hidrogrfica do Rio Forqueta, RS, Brasil, referente aos anos de 1989 e 2008. A bacia em questo uma das poucas reas naturais da regio que apresentam dois tipos distintos de florestas, a Floresta Estacional Decidual e a Floresta Ombrfila Mista com presena se araucrias. O grau de comprometimento da qualidade ambiental foi avaliado em funo da fragmentao e da perda de reas naturais, comparando os dois perodos, possibilitando a identificao de reas de preservao.
A Bacia Hidrogrfica do rio Forqueta, localizada em sua maior parte na regio do Vale do Taquari, RS, Brasil (Figura 1) e est inserida em remanescentes de Mata Atlntica, um dos 34 hotspots identificados mundialmente. Devido intensa atividade agrcola e ao processo de urbanizao, praticamente apresenta poucas grandes reas de floresta contnua, predominando hbitats fragmentados, separados por propriedades rurais ou reas urbanas. Por outro lado, a regio apresenta uma heterogeneidade de fitoregies: campos, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrfila Mista, reas de formao pioneira, bem como reas de ectono entre as diversas formaes (Prico et al., 2005).
Figura 1. Localizao da Bacia Hidrogrfica do Rio Forqueta, RS, Brasil
Foram utilizadas imagens do satlite TM/Landsat 5, bandas 3 (vermelho) 4 (infravermelho prximo) e 5 (infravermelho mdio), da rbita-ponto 222-080, referente s agens de 20-09-1989 e 24-09-2008, respectivamente, georreferrenciadas a partir de cartas planialtimtricas elaboradas pela Diretoria de Servio Geogrfico do Exrcito Brasileiro (DSG,1979) em escala 1:50.000, conforme apresentado na Tabela 1, software de Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG) Idrisi, verso 3.2 (Eastman, 1998) software Fragstats, verso 3.3 (Mcgarigal et al., 2002) e GPS de navegao da marca Garmin 12 (Global Positioning System).
Para o georreferenciamento foram utilizados 15 pontos de controle para ambas as imagens. O erro mdio quadrtico (RMS) foi controlado para que se obtivesse uma imagem com um erro inferior a 1 pixel, ou seja, inferior a 30 m. Foram selecionadas duas classes de uso e cobertura do solo nas imagens de 1989 e 2008: rea florestada e rea no florestada.
Tabela 1. Cartas planialtimtricas da Diretoria de Servio Geogrfico do Exrcito Brasileiro
utilizadas para o georreferenciamento das imagens de satlite.
Folhas | Denominao |
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SH.22-V-D-I-4 MI-2951/4 | Marques de Souza |
SH.22-V-D-I-3 MI-2951/4 | Srio |
SH.22-V-D-I-2 MI-2951/2 | Nova Brscia |
SH.22-V-D-II-3 MI-2952/3 | Lajeado |
SH.22-V-C-III-2 MI-2950/2 | Barros Cassal |
SH.22-V-B-IV-1 MI-2934/1 | Nicolau Vergueiro |
SH.22-V-B-IV-3 MI-2934/3 | Soledade-E |
SH.22-V-B-IV-4 MI-2934/4 | Arvorezinha |
SH.22-V-D-I-1 MI-2951/1 | Progresso |
SH.22-V-B-IV-2 MI-2934/2 | Maria |
SH.22-V-A-VI-4 MI-2933/4 | Soledade |
*Centro Universitrio UNIVATES. Email: [email protected]
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Universidade de Caxias do Sul (UCS). Email: [email protected]
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Vol. 32 (1) 2011
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